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04 maio 2010

Joaquim Chissano e ISPU lançaram o Instituto superior de Estudos de Paz e Conflito, na Universidade A Politécnica

Foi publicitado em jeito de uma paletra, no entanto, aproveitou-se o ensejo para o lançamento do Instituto superior de estudos de Paz e Conflito, ontem dia 04 de Maio de 2010, na mesma ocasião, Joaquim A. Chissano, Presidente da Fundação com o mesmo nome e o Reitor da Universidade A Politécnica assinaram um memorando de entendimento sobre a criação desta instituição de ensino.

Dentre várias coisas que aí ocorreram, destaque vai para a aula inagural com o tema "Um modelo de reconciliação e paz" oferecida aos presentes pela S. Exicias Joaquim Alberto Chissano, antigo PRM , Doutor Honores Causa e Cátedra de Gestão de conflitos.

Chissano contextualizou o tema dando conceitos sobre "Modelo"  (...um ideial que serve de exemplo e que possa servir de referência onde persiste conflito) prosseguindo, deu exemplo de Moçambique, RSA, Angola, RWanda que constituem modelos. No entanto questionou se estes são ideiais?

Reconciliação

Embora nós julgamos que devia ter incluido o próprio conceito de conflito,  Chissano levou connosco à reconciliação no sentido de restabelecimento de relações entre dusa ou mais pessoas que estavam desavindos. no entanto frizou o facto de a reconciliação não passar necessáriamente pela criação ou existência de relações de amizade entre as partes.

Toda via, a reconciliação pressupõe a aceitação mútua, perdão e inclusão (formas de restabelecimento de convívio entre os antigos beligerantes. Mais, Chissano reiterou o facto de a recociliação ser a única forma de manutenção de Paz daí a sua forma contínua e sistemática com a eliminação de discursos inflamatórios e exercício de liberdade através de instituições democráticas onde o diálogo é o adubo e fertilizante, a água para a sobrevivêcia da planta que é a Paz.

Caso de Moçambique

Aqui é onde percebemos da incompactibilidade entre ser se académico e ser um político ferenho, Chissano não conseguiu ser imparcial quando falava das formas de reconciliação, dando exemplo de Moçambique onde o processo deu-se com a purificação dos que haviam sido tomados pelos espíritos maus e que precisavem de cerímónias solenes para a purificação. Chissano aqui prefiriu dizer que só os homens da RENAMO é que foram submetidos a estas! o que para nós não constitui verdade porque os meus tios que depois da desmobilização foram submetidos a estes rituais eram militares da FRELIMO ou do Governo se  quizerem.

Chissano afirma não ter sido fácil convencer a população da necessidade de diálogo, reconciliação e estabelecimento da Paz porque as comunidades estavam revoltados com a RENAMO (será?) e não se viam a conviverem com as pessoas que Robavam seu gado, matavam seus parentes, distruiam infra-estruturas injustamente! no entanto graças a ele e o Dlakama encontraram forma de se alcançar a PAZ.

Confesso que esta parcialidade do DOUTOR, CÁTEDRA em Gestão de conflitos me fez abandonar a sala, porque eu tenho Partido mas quando estamos na instituição universitária prefiro tirar de forma a a ver o que está por dentro sem preconceios.

No entanto lovamos a iniciativa criadora do ISPU e da Fuandação JC, esperamos que a região sul da África tire devidos proveitos.