No caso vertente do trabalho da CEA, seria necessário verificar a tipologia de pesquisa quanto aos seus objectivos, o que nos permitiria de certa forma ver até onde nos leva a descrição dos factos. Ora, o levantamento (pesquisa exploratória) que se desencadeia durante muito tempo e a identificação de factores determinantes de um certo fenómeno social.
Há um estudo que acompanhei por uma gravação na RM que se deu em Muedumbe, Cabo Delgado, dos Leões que durante 12 meses devoravam pessoas, onde 46 pessoas foram vítimas, 18 pessoas foram linchadas acusados de serem proprietários dos leões, Até o Administrador foi acusado.
Segundo os depoimentos, o Administrador é acusado de nada fazer para eliminar os leões, pelo que só podem ser dele!
Veja que aqui, não é muito relevante tentar dizer que as pessoas são analfabetas, seria inútil porque em outros estados a educação é responsabilidade do Estado, tal como a disponibilização de armas para eliminar os malditos Leões que no caso vertente so vieram a chegar 12 meses depois! O que significa que, a intervenção do governo se tivesse sido atempada evitaria primeiro o avolumar de número de pessoas devoradas e consequentemente de pessoas linchadas. Elísio Macamo prefere que as pessoas ilibem o governo ou o estado disso?
Elísio Macamo, diz a um dado paço que as pessoas preferem “facilmente criticar o governo pela pobreza, mas no nosso dia a dia nada fazemos para aliviar ajudando os mais necessitados por iniciativa própria”. (itálico nosso)
O meu maior problema dos pró governos ou estado, é que, preferem andar por cima do povo dizendo que não tem cultura do trabalho como se este país não custasse o suor e o sangue deste povo, fosse apenas a custa de lobes e discursos cosmeticamente defensivos.
Pós saiba Professor, Elísio. A carestia em Moçambique não é novidade, novidade são os mecanismos de acumulação e da tomada de decisões face a ela. Pelo que, quer queira quer não, a discórdia sempre desembocou na violência, a nossa história revela claramente isso.
“Usar os fóruns nacionais de debate - nos jornais, e na Internet – para chamar de ladrões, arrogantes e oportunistas aos que, `a sua maneira, tentam dar o seu contributo para um Moçambique melhor é a maneira mais segura de comprometer a viabilidade deste país” (Elísio Macamo).
Professor, o que afinal vos leva a pensar que só vós é que querem o melhor deste país? A vontade do PR em desmascarar actos corruptos e da má administração pública por parte dos agentes do estado mostra claramente (é como reconhece) que os governantes não fazem tudo certo. Em mim, as medidas não consensuais só activam a desconfiança.
Se não há arrogância! O que é feito do MARP, das pesquisas independentes e das teses de Doutoramentos dos Moçambicanos etc?
Se não há interesses singulares, o que custa para os grandes contribuírem para os cofres do Estado?
Porque o trabalhador e os capitais nacionais são vítimas do seu país? Contribuindo para todos os meios que facilitam a logística da economia nacional quando os estrangeiros e seus capitais são isentos em nome de incentivos!
Que nome dá este tipo de comportamento o nosso combatente da credulidade?
Quanto a “programas mais gerais de desenvolvimento”, quem determina as metas de desenvolvimento é o povo.
Pensar não dói. Dói, é pensar convenientemente não por convicção. Já viu o trabalho que há aí?