07 outubro 2010
AUTARCA
Leia o primeiro jornal electronico da cidade da Beira, aqui . Obrigado V. Dias pela correspondencia.
Credulidade do Elísio Macamo (2)
Já estamos em (8a), para quem costuma seguir os textos do Sociólogo, Colaborador do Jornal Notícias não há surpresa alguma.
Para este número trago uma pequena brincadeira através de um provérbio lá da minha terra, Mandlakaze.
A homu a yi pswali tlâmbine (a vaca não dá parto no meio da manada)
Quando é que um filho desconfia de um pai (Estado)? E qual é a reacção que espera-se dele (se é que podemos prever)?
Vejam uma coisa, “o crítico dos críticos” , neste caso procurou ser suficientemente abstracto no seu objecto e sujeito de análise sobre tudo para quem não tem o hábito de acompanha-lo intelectualmente e quem não domina os conteúdos discutidos na nossa esfera pública.
Diga-se que, não é de hoje esta discussão ou pelo menos a tentativa de discussão do Elísio Macamo para com o Carlos Serra.
Mas nesse seu combate à credulidade no número (8 a) a cabeça do avestruz saiu por fora, a vaca pariu no meio da manada, revela taxativamente a quem acha que as pessoas não devem acreditar, e chama a isso, fornecimento de instrumento que permitam ao consumidor digerir as produções do professor Carlos Serra.
No (8 b), entra a fundo do trabalho do Centro de Estudos Africanos - CEA com o título, Cólera e Catarse, realizado em 2002 na província de Nampula. O professor Elísio Macamo acrescenta que, os trabalhos do Professor Carlos Serra do CEA, tem encontrado quase mesmas conclusões interpretativas (Ausência do Estado) para vários e diferentes fenómenos sociais, o que ignora muitos outros factores locais.
Então comecemos com as nossas reflexões se não críticas: Até quando uma unidade de análise é suficientemente relevante do ponto de vista explicativo para um fenómeno como este?
O conceito do Estado pós-colonial
Há um facto que julgamos indispensável em qualquer juízo de fenómenos sociais, no exame das relações entre a ciência e a sociedade no seu conjunto que constitui a génese dos estados pós-colonial em África.
Ora, é necessário compreender que durante muito tempo o CEA, esteve como que máscara ideológica justificadora de manutenção de um Estado que praticamente coincidia com o Governo, definida pela sua função central no sistema político neo-patrimonial. Custa tanto para o povo mesmo para os seus servidores esta rotura quase forçada, ou inoportuna para as vontades dos beneficiários. A única diferença é que, o Carlos Serra e a sua equipa rapidamente procuram se adaptar à novos cenários e os outros preferem choramingarem pelo leite derramado.
Portanto, as dinâmicas do processo político, social e económico dos últimos 15, 18 anos determinar uma rotura poli centrista em todas as esferas sociais, não obstante o povo continuar com essa esperança.
Não há estudo minimamente completo que se possa fazer sem olhar para os aspectos retrospectivos, descritivos e prospectivos sem prejuízo de todos os métodos de análise sociológica convenientes.
Tudo bem, podemos concordar por exemplo que os níveis educacionais são a razão de uma certa crença que nos leva `a violência na resolução dos problemas como de saúde na nossa comunidade. Aqui a questão é: Até quando o Estado é inocente nisso?
O Professor Elísio Macamo, reconhece a desconfiança da comunidade em relação aos representantes do estado, no entanto segundo ele essa desconfiança não justifica a sua reacção violenta!
Quando é que um filho desconfia de um pai (Estado)? E qual é a reacção que espera-se dele (se é que podemos prever)?
[1] É assim como o Elísio Macamo prefere ser considerado, pelo menos pelo que tenho acompanhado nas suas intervenções.
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