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20 outubro 2010

Poderes vitalícios são uma barreira constante ao desenvolvimento da África

Em Bulawayo, a polícia do Zimbabwe encerrou uma exposição de quadros do artista plástico, Owen Maseko, alusiva aos massacres perpetrados pela 5ª Brigada na região da Matabelelândia na década de 80. A campanha militar orquestrada pelo regime de Mugabe, e que passou a ser conhecida por «Gukurahundi», saldou-se em mais de 20.000 mortes.
Um aviso emitido pelo Ministério do Interior anunciou que a exposição havia sido proibida pelo facto do regime da ZANU-PF considerar que as “efígies, palavras e pinturas expostas retratavam a era «Gukurahundi» de forma tendenciosa”. Para proibir a exibição e confiscar os quadros, o regime recorreu a uma lei da era colonial que exigia que os artistas deviam obter previamente “licenças de entretenimento” renováveis anualmente.
Os quadros de Owen Maseko reflectem a dor e o sofrimento das mães que perderam os seus entes queridos durante a política de terra queimada posta em prática pelo regime da ZANU-PF na zona onde predomina o grupo étnico dos ndebeles e que nas eleições de 1980 haviam votado massivamente na ZAPU de Joshua Nkomo. Outros quadros de Maseko ilustram a burla que caracteriza cada escrutínio eleitoral organizado pelo regime de Mugabe, como o que aqui se reproduz e que o pintor chamou de “Flush Vote”, ou Autoclismo Eleitoral. Leia mais

2 comentários:

V. Dias disse...

Adoro Mugabe.

Pronto.

Zicomo

Unknown disse...

Sei e respeito V. Dias,

No entanto quem gosta de mim aponta-me frontalmente os meus erros!