Bom dia, compatriotas, sim... Para os que dormiram e acordaram
vivos.
Alguém já deve estar a se perguntar e exclamando sozinho, - este
amigo está cada vez pior, assumo, estamos a caminho de mais uma das minhas
loucuras e que penso que vala pena enumerar porque a lista está fiando cada vez
longa. Portanto, vamos á terceira desde que resolvi assumir e anunciar
Ao seria diferente está mesmo relacionada com os últimos
acontecimentos no nosso país em que a Paz voltou a ser ameaçada é caso para
dizer que a ela não quer homens, mas as Marias. Se fosse as Mariazinhas o país
continuaria livre do barulho das armas e de mortes artificiais.
A Falácia de um Estado
Soberano
Quando me começou esta doença sempre se manifestou em eu indicar o “castelo
de cartas” em que nos encontrávamos falando de soberania e dava exemplo da
noção que temos de um Estado onde entra o “Poder
Político” que é sustentada pela força militar, a minha questão de sempre
foi, se para trazermos a Paz em Moçambique era preciso haver um outra força
militar em paralelo a do “Estado” o que significaria essa força? E alguém me
respondia, trata-se de um grupinho de velhos sem renovação possível porque os
seus filhos não vão querer aquela vida da selva.
Eu temia questionando, quem detinha o “estatuto axiológico da educação” dos filhos destes ex-guerrilheiros
estacionados em Marringue e Gorrongosa? Diziam que é o Estado e tratava de
alertar que não, é a família e a comunidade onde se encontravam as crianças e
concluía imediatamente que se é isso então, a UNIDADE NACIONAL e APAZ serão,
eternamente ameaçadas até que MAC MAHONE ressuscite para vir colocar uma nova
ordem fronteiriça em Moçambique.
Não há soberania quando o poder do Estado é igual a de qualquer
outro grupo interno.
A Falácia do
incondicionalismo Geopolítico
Ouvi e vi Paulino Macaringue, Alberto Mondlane e Filipe Nyusse na TV
dizerem que o povo não tem nada que temer porque a Policia e as FADM exitem em prontidão
suficiente para esmagar qualquer nação ou grupo étnico político que queira se
sobre por ao poder do ESTADO.
Confesso que gostei da prudência do vice-ministro do Interior José
Mandra, ele foi a tempo de corrigir o seu discurso de exibição de força, talvez
porque estava em Moçambique desde 1976 a 1992, quando começou e terminou a guerra
que empobreceu e ceifou milhares de vidas de crianças e adultos, homens e
mulheres.
Mandra mostrou com seu segundo discurso que o incondicionalismo
geopolítico que evocamos para o nosso dialogo não ter consensos! É mesmo
falácia... Moçambique nunca foi um Estado desmilitar, houve momentos em que
todos nos já éramos militares com diferentes escalões desde milicianos á
Generais, mas nada impedia as conseqüências desumanas que vivemos (para os que
sobreviveram como eu) durante 16 anos.
Zimbábue e África do Sul eram nossos inimigos hoje parecem irmãos,
mas como parecer não é ser, vale remediar porque até exterminá-los, eles já
estarão a actuar em Namaacha, Boane, Matola Gar, Dlanvela, Benfica, T3 e pode
não haver mais tempo para voltarmos a Roma.
É por isso que, Chamo Joaquim Chissano nas minhas demências porque o
maior defeito deste senhor é ouvir. O Povo não pode continuar ameaçado a morrer
porque alguém está preocupado em mostrar que é macho mais que todos nos!
Pensa bem.