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07 dezembro 2009

"Dirigentes eleitos através de fraudes governam mal"

De acordo com um estudo da Oxford University

Os dirigentes políticos que se efectivam no poder por meio de fraudes nos sufrágios não implementam boas políticas de governação, porque disto não depende a sua eleição ao cargo

Um estudo do Departamento de Estudos Económicos da Universidade de Oxford defende que, nas eleições em que esquemas ilícitos são predominantes, por um lado, as probabilidades de vitória do praticante aumentam substancialmente e, por outro, a importância do desempenho económico no cargo reduz drasticamente. Por outras palavras, os autores afirmam que, com as fraudes eleitorais, se o dirigente governou bem ou mal deixa de ter relevância no acto de votação, isto é, independentemente de ter conduzido bem ou mal a economia do país, este facto perde relevância no pleito eleitoral.

No referido trabalho, é investigada a eficácia da táctica eleitoral ilícita e as características que compõem uma sociedade vulnerável a tais tácticas.

Segundo o estudo, a queda da União Soviética desencadeou uma “quarta onda de democratização” e, como resultado da mesma, a maioria dos países em vias de desenvolvimento agora realiza eleições regulares.

Apesar de muitos países submeterem-se a sufrágios, o estudo refere que a má conduta eleitoral é comum em boa parte deles. O estudo, citando um pensador, argumenta que as eleições, nos países em vias de desenvolvimento, são projetadas para gerar apenas a aparência de legitimidade democrática aos olhos dos agentes externos, tais como agências de ajuda, e não para os cidadãos. Para efectivar esta aparência, é tolerado um certo grau de pluralismo e de concorrência, a fim de tornar viável a realização de eleições, no entanto, estas não marcam uma mudança para a democracia, indica o estudo.

Os países que têm eleições livres e justas tendem a ter maiores taxas de crescimento económico. Isto é porque os políticos, que querem permanecer no cargo, devem implementar políticas económica eficazes a fim de obter a reeleição.

No entanto, num país com instituições políticas fracas, os políticos que já estão no poder têm muitos recursos à disposição deles para manipular as eleições. leia na íntegra aqui

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