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14 abril 2010

Legitimidade da FRELIMO e GUEBUZA no IESE

A abstenção massiva que caracteriza os processos eleitorais em África faz com que os dirigentes sejam eleitos por uma minoria do povo. Por exemplo, o actual chefe do Estado moçambicano, Armando Guebuza, foi reconduzido ao poder por apenas 29% dos potenciais eleitores. Em números: apenas dois milhões, dos dez milhões de moçambicanos com idade eleitoral, garantiram o segundo mandato a Guebuza.
Luís de Brito conclui que muitos moçambicanos optam por não participar nas eleições, pois não sentem a liberdade de expressar o seu real ponto de vista, o que coloca em causa a legitimidade dos dirigentes eleitos. Ele conclui o seu estudo afirmando que o problema da abstenção não pode ser explicado pelo sistema eleitoral, visto que os três países onde desenvolveu sua pesquisa apresentam sistemas eleitorais completamente diferentes. O investigador encontra a explicação da elevada abstenção que se verifica nos processos eleitorais na falta de interesse dos cidadãos pelas políticas apresentadas pelos dirigentes, fundamentando que “os cidadãos têm uma imagem muito negativa dos dirigentes políticos” nestes países que seleccionou como amostra para o seu estudo. Idem

Nota Reflexiva: Já ouvi nas vesperas das últimas eleições, indivíduo a se questionar sobre o que o seu voto poderia mudar? (no tocante à variáveis democráticos como alternância no poder, mecanismos de limitação do poder, independência dos orgãos do Estado etc...)

Julgamos uma preocução legítima, agora, caro leitor pedimos sua opinião sobre se haverá alguma forma legal de tornar os governos legítimos? o que se pode fazer nestes casos em que a maioria não vai votar no entanto, há vencedores e vencidos? Será a ilegitimidade alguma ilegalidade?

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