OS líderes africanos discordaram na terça-feira, pouco antes do encerramento da cimeira da UA, em Kampala, sobre um eventual julgamento em África, do presidente sudanês, Omar Al-Bashir, após o debate sobre a cooperação com o Tribunal Penal Internacional (TPI) relativa ao mandado de captura emitido contra ele. segundo o Notícias da Sexta-Feira, 30 de Julho de 2010.
O canal de Moçambique citando uma fonte da UA, “a decisão final (da cimeira) é que o ‘statu quo’ permanece, o que significa que África não vai cooperar com o TPI sobre esta questão, apesar de os líderes africanos terem concordado que esta decisão não foi tomada para encorajar a impunidade no continente”.
De acordo com a PANA, os líderes africanos advertiram, por isso, que as pessoas que futuramente se implicarem em graves violações dos direitos humanos, nomeadamente crimes de guerra e genocídios, deverão ser forçadas a comparecer perante um tribunal.
A fonte declarou que as discussões sobre a eventualidade de uma detenção do líder sudanês em África dividiram os dirigentes africanos, que aconselharam ao Tribunal Penal de Justiça, sedeado em Arusha (Tanzania), para explorar a sua capacidade de intentar um processo por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em África.
“Eles exploraram o processo para o início de um eventual julgamento de Al-Bashir em África, mas uma vez mais não temos mecanismo para isto”, disse uma fonte sob anonimato.
Os líderes africanos discutiram igualmente sobre o pedido de abertura de um escritório do TPI em Addis-Abeba, na Etiópia, para ajudar na coordenação do seu trabalho com o da União Africana. No entanto, a decisão sobre esta questão foi adiada para uma data ulterior.
Nota Reflexiva: Chega de Palhaçada, do mesmo jeito que os africanos não controlam vida de ninguém também queremos paz mesmo reconhecendo os nossos regimes ditatoriais. É que não somos piores que eles!...
Postagens
11 comentários:
Uma decisão justa. Como africano e ant'indomável apoio.
Zicomo
1. O que a União Africana por iniciativa própria já fez para julgar assassinos como Omar al-Bashir?
Resposta: Njet.
2. Que alternativa à decisão do TPI os lideres africanos mostraram?
Resposta é nenhuma. O criminoso é bem vindo nas cimeiras da UA. Não é estimular a impunidade?
3. Os líderes africanos incluindo o Presidente de Mocambique (minha pátria) rejeitaram a decisão do Tribunal Penal Internacional, considerando-a de ilegal. Muito lindo!!! Afinaleeeeeeeeee!!!! A decisão do Tribunal Provincial de Sofala não será a claramente ilegal?????
Aló V. Dias,
"Cadê" a justesa da decisão? não que esteja certa ou errada...
Caro Reflectindo,
Aplausos á África pela luta contra orientações eurocéntricas,é que " cada povo é primeira fonte do seu desenvolvimento" os povos africanos do póis independências não são como de hoje (há ou não mudanças positivas?).
A peculariedade que tentamos realçar aqui não deve ser entendida de ponto de vista racial ou etnecista mas de soberania mesmo.
Concordo com a crítica à uma aparente cumplicidade dolosa da UA mas a correcção deve ser intrinsecamente africana para se evitar esta aparente arbitragem cosmica de um e não do outro.
O que eu exijo é dois pesos e duas medidas. Apenas isso.
Os crimes africanos devem ser julgados em território pátrio ou em África. Não posso praticar um mal contra um povo e ser julgado e condenado noutro.
Os reis e rainhas que mataram seres humanos na Idade Média não foram nem nunca serão julgados em territórios africanos. Se é que alguma vez serão julgados!
Bashir será julgado pelo seu povo. Caso contrário, por um tribunal penal africano. Pode não funcionar como deveria, mas vai funcionar um dia. Na Europa, sei eu, os organismos de justiça não funcionaram em 100 anos, levou centenas deles.
Zicomo
Caro Chacate
1. A UA não mostrou e nem está a mostrar que Al-Bashir tem que ser julgado e condenado. Eles não tomam sequer uma medidinha para dizê-lo que basta com o que ele faz em Dafur. Até posso desconfiar que é porque al-Bashir mata os cidadãos mais escuros do seu país. E como não será?
2. Afinal, são ou não os mesmos líderes africanos que enviaram Charles Taylor para Haia? Poderão eles hoje justificar do porquê Taylor e não Al-Bashir?
3. Já estes líderes reclamaram sobre Jean-Pirre Bemba do Congo Kinshassa?
4. Afinal o TPI não é sob tutela da ONU e os países africanos não são membros da ONU?
5. Será que casos africanos e entre africanos mal resolvidos em África não podem se recorrer ao Tribunal Internacional? Se não, como ficamos com as denegacões de justiça que são o pão nosso de cada dia?
6. Quanto à observação dos líderes africanos, incluindo Armando Guebuza de considerar a decisão do TPI de ILEGAL, espero mesmo que os nossos LEGALISTAS nacionais teçam fortes críticas a esses líderes. Os legalistas devem exigir a entrega imediata de Omar al-Bashir ao Tribunal Penal Internacional, afinal é uma decisão dum tribunal. Deve chegar de hipocresia.
As perguntas sao para o Chacate, logo....
Os EUA nao entregam o BUSH, embora lhe appontem erros. Dizem que Bush é banco e ex. presidente dos EUA. Barroso e Aznar estao numa boa, de resto nao fizeram nada, nada mesmo?
Bem, por aqui me paro mesmo.
Eu amo Muugabe, paciencia.
Zicomo
Caro Reflectindo,
As incoerências e dualidades de critérios não é só de África e africanos manos!
A ONU por exemplo assiste impavidamente os crimes de vária índole perpetrados pela USA e seus aliados!... Mas quando o assundo é África, Ásia e até América Latina precipita intervênções!!! É Desse clientelismo das Organizações Internacionais que lhes descredibiliza.
Ora, é verdade que isso se verifica também nas oganizações Regionais africanas dualidade de critérios mas isso não justifica exportação da resolução de conflitos.
V. Dias,
Mugabi Está velho deve ir a aposentadoria porque Zimbabwe e ZANU-PF não tem crise de quadros para tanto sacrifício mano!
Pensa comigo
Hehehehehe,
Nao posso pensar contigo. E a Rainha da Inglaterra nao esta velha?
Zicomo
Hehehehehe!... V. Dias, você só pode estar a brincar brother... então sugeres que Zimbabwe se transforme em um reino?
Pensa comigo
Postar um comentário